Este ano, o Conselho TALi conta com 66 meninas, meninos e adolescentes de 18 países, conformando um espaço único de participação, intercâmbio cultural e construção coletiva entre as infâncias de toda a região.
O Conselho de Infâncias da América Latina, impulsionado pela Red TAL, conta nesta terceira edição com representantes de 34 canais públicos do México, Colômbia, Argentina, Peru, Brasil, Chile, Uruguai, Cuba, El Salvador, Honduras, Porto Rico, Bolívia, Venezuela, Equador, Guatemala, Panamá, Costa Rica e República Dominicana. As crianças e adolescentes dão vida a uma rede regional que fortalece o compromisso com a voz e os direitos das infâncias, aportando a riqueza e a diversidade de suas culturas, realidades e formas de ver o mundo.
Nesta edição, o canal colombiano Telecafé será o anfitrião do TALi, que durante 2025 terá sua casa na Colômbia, reafirmando o compromisso dos meios públicos com a participação infantil e a construção de olhares regionais.
Durante este novo ciclo, o Conselho trabalha em torno de uma temática profundamente atual: a migração. Ao longo dos encontros, meninos e meninas refletirão sobre essa experiência desde múltiplas dimensões, compartilhando vivências, relatos e propostas que ajudem a visibilizar como a migração é vivida desde o olhar infantil em nossa região.
Dois encontros, mais reflexões
No dia 19 de julho realizou-se o primeiro encontro virtual, no qual os conselheiros e conselheiras aproveitaram a reunião para se apresentar, compartilhar expectativas e começar a imaginar juntos as perguntas que guiarão esta edição.
Nesta primeira reunião, começaram a surgir reflexões sensíveis e profundas em torno do eixo temático desta edição. Diante da pergunta “O que você levaria e o que deixaria se tivesse que migrar?”, os conselheiros e conselheiras compartilharam respostas que revelam a maneira como vivem essa realidade. “Eu levaria minha família e meus gatos, deixaria as más lembranças”, disse Ailan, do Canal TRO, Colômbia. De Porto Rico, Maía expressou: “Levaria minha casa com meus animais de estimação e meus pais. Deixo minha escola, mas a levo nas lembranças. Deixo meu país, mas o levo no meu coração”. Essas primeiras vozes mostram a potência do Conselho para construir um olhar compartilhado, sensível e profundamente humano a partir das infâncias latino-americanas.
No dia 9 de agosto, na segunda reunião, avançou-se na construção de perguntas e propostas que guiarão todo o processo. A partir de dinâmicas de diálogo e jogo, meninos e meninas compartilharam novos olhares sobre o que significa migrar: a memória, os afetos, o pertencimento e a identidade surgiram com força em seus relatos.
Com esses avanços, o TALi começa a delinear um horizonte comum que permitirá, até o fim do ano, contar com um mapa coletivo de ideias, experiências e propostas sobre a migração a partir das vozes das infâncias.
A terceira reunião do TALi será realizada no próximo 27 de setembro e dará continuidade ao trabalho iniciado nos dois primeiros encontros, aprofundando as reflexões e propostas em torno da migração desde o olhar das crianças.
Assim como nos anos anteriores, o Conselho contará com espaços de conversação, jogos, produção e propostas criativas. Além disso, os canais participantes terão um papel ativo na visibilização do processo, por meio de suas telas e redes.
Um espaço que se expande
O TALi nasceu em 2023 com o objetivo de abrir um canal de participação real entre os meios públicos da América Latina e suas audiências mais jovens. Em pouco tempo, transformou-se em um projeto de referência em participação infantil, ao abrir novos caminhos para que crianças e adolescentes exerçam seu direito de opinar, criar e ser ouvidos, fortalecendo assim o valor do público na comunicação regional.
Com cada nova edição, o TALi renova sua aposta por uma televisão pública plural, inclusiva e comprometida com o protagonismo infantil. Este ano, com mais vozes e mais territórios, o Conselho de Infâncias da América Latina reafirma seu compromisso com uma televisão em que as crianças não são apenas ouvidas, mas protagonistas do relato público.